Se você leu o post sobre Estocolmo, já ficou sabendo que um de seus apelidos é “Veneza do Norte”. Para continuar nessa pegada, agora lhe apresento Gotemburgo, a cidade cuja construção foi inspirada nos canais de Amsterdam.

Quando decidi fazer minha trip pela Escandinávia, queria conhecer mais de uma cidade sueca. Pesquisa vai, pesquisa vem, eu e minhas amigas optamos por dar uma passada em Gotemburgo por estar no caminho (nossa próxima parada seria Copenhagen – post em breve) e por ter coisas ao redor que queríamos conhecer.
GOTEMBURGO
Localizada na costa oeste da Suécia, Gotemburgo é a segunda maior cidade do país. Ela possui uma referência portuária muito forte, sendo seu porto o maior dos Países Nórdicos.
Por conta da corrente do Golfo (obrigada Wikipédia!) sua temperatura é amena e chove bastante por lá. Acho que demos sorte, pois pegamos dias bem agradáveis, com rápido chuvisco.
Uma ótima razão para conhecer Gotemburgo são os restaurantes. A cidade é famosa por ter excelentes opções por preços mais acessíveis. Não nego, tudo que comemos estava maravilhoso!
COMO CHEGAR
Optamos por fazer Gotemburgo depois de Estocolmo e o melhor custo-benefício foi o trem. Comprado com antecedência pelo site da Rail Europe, o ticket ficou por €35,00, com todas as taxas e entrega no Brasil. A estação é bem central e perto de tudo.
Originalmente a nossa viagem deveria durar 3 horas, mas teve um problema no caminho e nosso trem foi desviado, criando um atraso de duas horas. Acontece….
Para quem optar pelo avião, a principal companhia aérea é a SAS. O aeroporto de Gotemburgo fica a 25km de distância e fomos até ele para pegar nosso voo para Copenhagen.
ONDE FICAR
Meu item número 1 na escolha de qualquer hotel é a localização. Contudo, entretanto, porém, em Gotemburgo foi diferente. Na pesquisa por hotéis eu encontrei o Hotel Barken Viking e achei muuuuuuito legal! Tive que me hospedar nele! Se quiser conhecer mais, dá uma conferida no post Barken Viking, o diferente hotel de Gotemburgo. Já te adianto, além de fugir do comum, um ponto bem positivo foi o preço.
Caso deseje algo mais tradicional, ficar mais perto da estação central é uma excelente escolha. É próximo a tudo e você pode caminhar pela cidade sem dificuldades. Também tem o bairro Inom Vallgraven, perto de muitos bares, restaurantes e vida noturna.
O QUE FAZER
Gotemburgo conta com opções diversas, das tradicionais igrejas e museus a parques e rica cena gastronômica. Além disso, possui atrações a poucos quilômetros de distância que valem a pena serem visitadas.
Para nós, pessoas não obcecadas por museus, ficar dois dias em Gotemburgo foi satisfatório. Talvez um terceiro dia seria melhor para fazer as coisas com mais calma e conhecer alguns lugares que ficaram de fora, mas vamos lá:
1º DIA
Nossa previsão inicial era chegar à Gotemburgo às 11h, mas acabamos perdendo duas preciosas horas por conta do atraso na viagem. Enfim, passamos no hotel para deixar nossas malas e fomos bater perna.
Como estávamos azuis de fome, o foco era almoçar. Se Gotemburgo é conhecida pelos restaurantes, fomos atrás de boas indicações. No caminho passamos pelo Museum of Gothenburg e paramos para a fotinha básica.

O restaurante escolhido foi o Dalla Nonna Trattoria, um italiano localizado no bairro Inom Vallgraven. Essa área é excelente, com rua de pedestres, muitas lojas e várias opções gastronômicas. Os pratos escolhidos estavam deliciosos, bem servidos e o preço médio era SEK 170.
Energia reposta, era hora de bater perna. Nossa primeira parada foi em um dos principais pontos turísticos da cidade, o Feskekôrka, ou “Igreja do Peixe”. Esse mercado foi construído em 1874 e sua arquitetura foi inspirada nas antigas igrejas de madeira norueguesas. Infelizmente chegamos lá num domingo e é o único dia da semana que ele não abre… De segunda a sexta funciona das 10h às 18h e sábado das 10h às 15h.
Dando sequência ao nosso passeio, seguimos para a Hagakyrkan, uma igreja localizada na praça Haga Kyrkoplan. Como nossa maré de sorte não estava tão forte nesse dia, a igreja estava fechada. Nessa praça também está localizada a Biblioteca Universitária e tem alguns brinquedos para a meninada.
Agora vem a maratona de parques:
- Kungsparken: conta com ciclovia e mini golfe;
- Bältespännarparken: fica na frente do Stora Teatern, o “Grande Teatro”, ponto de visitação de Gotemburgo. Essa praça conta com um lindo chafariz e é entrada para o próximo parque;
- Trädgårdsföreningen: lindo e imperdível, é um dos parques criados no século XIX mais bem preservados da Europa . Ele é bem grandinho, conta com jardim de rosas, restaurante e uma elegante estufa criada em 1878 que abriga espécies tropicais. Nele podem ser encontrados quase todos os tipos de árvores existentes na Escandinávia.
- Brunnsparken: bem sem graça. É importante ponto da rede de transportes da cidade e conta com um fontanário.
Finalizamos o dia no O’Learys, um sports bar de Boston/EUA localizado na Estação Central (era o que tinha aberto – domingo a noite lá é fogo) que nos transportou para a América. Ele é bem estilo TGI Fridays e os pratos custam em torno de SEK 160.
2º DIA
Lembra que no começo do post falei de coisas ao redor de Gotemburgo que queria conhecer? Pois é, o que me fez visitar esse pedacinho da Suécia foi Marstrand, a Cote D’Azur escandinava. Óbvio que essa visita rendeu um post contando tintim por tintim. Então clica no link e conheça Marstrand, o verão sueco e a Fortaleza de Carlsten.
Esse passeio durou metade do dia e, como era verão e anoitecia às 20h, ainda tivemos um bom tempo sob o sol para curtir Gotemburgo.
Te disse que a construção de Gotemburgo foi inspirada nos canais de Amsterdam. Isso significa que, se tem canal, tem tour de barco. Recomendo muito! A empresa responsável é a Paddan Tour. Fizemos o tour clássico com 50 minutos de duração e que passa por diversos pontos interessantes da cidade. Pagamos SEK 175, mas olhei no site e a inflação já apareceu por lá. Agora está SEK 180. O tour é guiado em inglês.
Passeio finalizado, era hora de caçar algo para comer. No caminho passamos pela maravilhosa Catedral de Gotemburgo e ela estava aberta – aleluiaaaaa!! Hahaha A igreja segue um estilo clean que eu aprecio muito e fiquei admirada com sua beleza.

Nos dirigimos ao mercado mais famoso da cidade, o Saluhallen. Ótimo para experimentar a comida típica e com opções baratas, mas a trupe estava sonhando com outro tipo de comida e valeu o registro.
Nosso jantar foi em um outro restaurante italiano (sim, gostamos muito), o Magazzino. Ele é o italiano número 1 de Gotemburgo no Trip Advisor e 6º na classificação geral. Que ambiente gostoso e que pizza maravilhosa! Vale a pena! Recomendo fazer reserva e a pizza custa SEK 170 em média.
ARQUITETURA
A arquitetura usada em muitas construções de Gotemburgo desperta curiosidade. Algumas por bons motivos, outras nem tanto. Tire suas próprias conclusões:
- Lipstick: edifício que é cartão postal da cidade, foi concluído em 1989. Possui 86m de altura e conta com um observatório. Foi motivo de discórdia na cidade e é considerado o prédio mais feio da Suécia;
- Gothenburg Opera: sua arquitetura foi inspirada no formato de um navio (não que eu tenha conseguido identificar isso) e fica na área portuária Lilla Bommen.
- Kuggen: edifício colorido e com pegada sustentável, chama atenção. A Lucia Malla fez um post muito bacana sobre ele.
OUTROS PONTOS DE INTERESSE
Como já disse anteriormente, Gotemburgo conta com outras atrações que podem te agradar bastante. Entre elas:
- Jardim Botânico: um dos maiores da Europa, possui mais de 16.000 espécies e fica um pouco afastado da cidade;
- Animais: Gotemburgo conta com dois zoológicos e um aquário. Você pode conferir aqui no Trip Advisor.
- Museus: recomendo uma visita ao site oficial da cidade com a relação de todas as opções.
FIQUE POR DENTRO
- A Suécia, apesar de fazer parte da União Européia, não adotou o Euro. Sua moeda oficial é a Coroa Sueca e a cotação em agosto/2017 era €1 = SEK 9,02;
- Muitos navios/barcos atracados na área portuária são abertos à visitação;
- Em Gotemburgo tem uma mistura bem considerável de povos. Não espere ver tanta gente bonita quanto em Estocolmo;
- Com um hotel bem localizado, não é necessário usar transporte público. Nós caminhamos o tempo todo.
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