Aaahhhhh Estocolmo…. Considerada a capital mais bonita da Europa por alguns especialistas, é impossível não gostar dela. A Capital da Suécia e da Escandinávia consegue mesclar perfeitamente o moderno com o antigo, criando um ambiente único de muito charme e atrações diversas para todas as idades.
ESTOCOLMO
Estocolmo é a maior cidade da Suécia e um dos seus apelidos é “Veneza do Norte”. Super fácil entender o porquê, afinal, ela está situada num arquipélago formado por 14 ilhas e com 53 pontes, no encontro do Lago Mälaren e Mar Báltico.
De acordo com nosso amigo Wikipédia:
Estocolmo é conhecida pelos seus edifícios e monumentos extremamente bem preservados, por seus arborizados parques, por sua riquíssima vida cultural e gastronômica, e pela gigantesca qualidade de vida que oferece a seus moradores. Há décadas, Estocolmo figura como uma das cidades mais visitadas dos países nórdicos, com mais de um milhão de turistas internacionais anualmente. Nos últimos anos, tem sido citada entre as cidades mais “habitáveis” do mundo, sendo uma das mais limpas, organizadas e seguras do mundo.
Agora me fala, tem como não gostar de uma cidade assim????
CLIMA
Mesmo com tantas qualidades, nem tudo são flores. Um pequeno problema que nós, brasileiros acostumados com verão o ano todo ou, no máximo, com invernos que chegam em torno de 0º (alooowwww galera do Sul), encarar o frio nórdico pode ser não muito fácil.
Por possuir um clima temperado, as estações são muito bem definidas e marcantes. A temperatura média no verão é de 22º e no inverno de -5ºC. Com certeza são viagens completamente diferentes, mas cada uma com sua beleza.
CÂMBIO
Apesar de fazer parte da União Européia, a Suécia não adotou o Euro como moeda oficial. Lá são usadas as Coroas Suecas (SEK) e são pouquíssimos os lugares que aceitam Euro (geralmente com um câmbio desfavorável).
O lugar mais indicado para trocar moeda em Estocolmo é o Forex Bank. Tem alguns espalhados pela cidade. O câmbio em agosto/2017 era €1 = SEK 9,02
O que você precisa saber ao trocar dinheiro:
- É cobrada uma taxa fixa de SEK 50 por operação. Se estiver em mais gente, recomendo juntarem os euros para pagarem somente uma taxa;
- Também trocam real e a cotação estava muito boa. Valia a pena;
- Para trocas até €500 não é necessário apresentar documento. Para valores superiores é solicitado passaporte e endereço completo.
ONDE FICAR
Essa é uma parte fácil e, ao mesmo tempo, bem difícil. Como Estocolmo é uma metrópole e tem muita coisa para ser vista, de cara já te adianto: você vai usar o transporte público com frequência.
Bom, para tentar te ajudar um pouquinho, vou separar os principais bairros:
- Norrmalm – região moderna onde está localizada a estação central de trem e atrações como a Igreja de Santa Clara e boa parte dos principais hotéis, além de agitada vida noturna;
- Östermalm – região em crescimento, tem uma pegada alternativa e fica bem próxima à Ilha dos Museus;
- Gamla Stan – sem dúvidas a região mais charmosa da cidade. É a cidade antiga e onde estão as principais atrações. A parte negativa é que não costuma ser muito baratinha…
- Södermalm – outra região moderna e com agitada vida noturna, está exatamente do lado oposto da Norrmalm.
Quando inventei de ir em agosto/2017, descobri que era a ápoca mais cara da vida e definitivamente não tava muito legal financeiramente. Pesquisa pra cá, pesquisa pra lá, reza pro santo das promoções, o que achei de melhor custo benefício foi o Freys Hotel Lilla Radmannen. Ele fica na divisa da região de Norrmalm com Vasastan, a 5 minutos da estação de metrô e perto de muitas lojas e restaurantes.
O primeiro impacto não foi legal. Hotel mais antigo, com carpete manchado, banheiro bem pequeno e sem ar condicionado (sim, ar faz falta no verão nórdico). Depois do susto, vimos que o quarto em si tinha um bom tamanho, o café da manhã era gostoso e o atendimento era muito bom. Caso decida ficar lá, só peça um quarto voltado para os fundos. Os da frente são bem barulhentos.
Minha opinião final é a seguinte: se eu pudesse $$$$, teria me hospedado no Gamla Stan. Como não deu, o hotel conseguiu atender minhas necessidades.
TRANSPORTE E COMO CHEGAR
Como toda boa capital européia, as formas mais fáceis de se chegar a Estocolmo são de avião ou trem.
Para quem opta por chegar de avião, o principal aeroporto é o Arlanda, que está localizado a 20 minutos do centro e facilmente acessado através do transporte público.
Para quem, assim como eu, opta pelo trem, é um xuxu de tranquilidade. A Estação Central não tem esse nome à toa e de lá é muito fácil pegar outro metrô ou trem para o seu hotel. No fim de semana as linhas funcionam por 24h e, mesmo durante a semana, o horário é bem estendido. Fui de Oslo para Estocolmo e comprei meus ticket de trem com antecedência pelo site da Rail Europe. Lembrando que quanto mais perto da viagem, mais caro fica o ticket de trem.
Uma vez na cidade, você provavelmente vai precisar usar o transporte público. Estocolmo é muito bem provida de metrô, trem, ônibus e tram (bondinho) e é bem fácil andar por lá. O ticket (travelcard) de transporte público vale para todos os meios e os preços são:
- Single ticket – SEK 43 (na máquina) ou SEK 60 (com o motorista)
- 24 horas – SEK 120
- 72 horas – SEK 240
- 7 dias – SEK 315 (apenas acessível com o SL Access Card, que você adquire por mais SEK 20)
O travelcard pode ser comprado nas estações, via app ou nos hotéis. O meu mesmo comprei no hotel que me hospedei.
Para mais informações, recomendo dar uma olhada no site da SL.
O QUE FAZER
Olha, o que não falta em Estocolmo é atração para visitar. Recomendo pelo menos 4 dias na cidade para ver tudo sem correria e sem deixar muita coisa para trás. Vou te contar como foi meu roteiro.
1º DIA
Se tem uma coisa que faço muito quando viajo é andar. Para mim é a melhor forma de conhecer uma cidade. Esse primeiro dia foi assim.. Pernas pra que te quero, simbora queimar todas as cervejas que tomamos pelo caminho!
Nossa primeira parada foi da Igreja de Santa Clara (Klara Kyrka), bem perto da Estação Central. A atual igreja luterana foi construída por volta de 1580 e possui uma torre com 116 metros. Antigamente, ali era o Convento de Santa Clara fundado pelos franciscanos em 1280.
Nossa próxima atração foi uma das principais de Estocolmo, o City Hall. Para conhecer detalhes sobre esse passeio, visite o post City Hall de Estocolmo e o prêmio Nobel.
Após a prefeitura, seguimos para o bairro mais charmoso de Estocolmo, o Gamla Stan. Como não podia ser diferente, ele também mereceu um post completinho. Leia tudo sobre ele em Gamla Stan, o apaixonante centro histórico de Estocolmo. Só para te adiantar o assunto um pouquinho, é ali que você encontra o Palácio Real, Parlamento e Stortorget, a praça mais fofa da cidade.
2º DIA
Começamos o dia conhecendo a atual residência da família real, o Palácio de Drottningholm. Para saber tudo sobre ele, dá uma passadinha no post Drottningholms Palace, a moradia da família real sueca.
Na volta do palácio fomos direto para a parte sul de Estocolmo, no bairro de Söldermam. Começamos pelo Fotografiska Museum. Já te falo, não entramos porque deu preguiça de chegar lá.. E se você me acompanha há mais tempo, já sabe que museu não é meu programa favorito. De qualquer forma, dizem que ele é muito bacana. Para quem quiser mais informações, basta dar um pulinho aqui no site oficial do Fotografiska.
Seguimos nossa caminhada para a Katrina Kyrka, mas, como muitas outras igrejas, estava em reforma e não conseguimos entrar. Por sinal, o verão é a época do ano que aproveitam para reformar tudo, então se prepare para ver muitas coisas fechadas ou não muito fotogênicas.
De lá fomos para a Medborgarplatsen (dá uma enrolada na língua né?!), uma das maiores praças de Estocolmo. É ponto de muitas manifestações e eventos, mas, na boa, achei nada demais. Ali tem algumas opções de restaurantes, mas todos bem mal avaliados.
Adivinha só… Nesse momento a fome tava ultra apertada e encontramos um café super gostoso para almoçar. Sabe aqueles lugares que você dá nada e a comida te surpreende? Almoçamos no Café Rival e eu adoro uma caesar salad! A de lá estava maravilhosa! Recomendo. Custou SEK 135.
A próxima parada foi no Monteliusvägen, um ponto na parte alta que tem uma linda vista para a cidade. Dizem que o pôr do sol ali é perfeito, mas não consegui pegar esse espetáculo da natureza por conta do horário.
Em seguida, voltamos para o bairro de Norrmalm e veio uma bateria de praças: Hötorget, Sergels torg, Norrmalmstorg e Kungstradgarden. Vamos a uma rápida explicação de cada uma:
- Hötorget: praça onde está localizada a Sala de Concertos de Estocolmo e onde acontece uma feirinha com as mais diversas frutas e artesanato.
- Sergels torg: começa numa enorme rua de pedestres bem moderninha, com uma infinidade de lojas e segue até um shopping subterrâneo (no qual quase me perdi).
- Norrmalmstorg: você já ouviu falar sobre a Síndrome de Estocolmo? De acordo com o Wikipédia é “o nome normalmente dado a um estado psicológico particular em que uma pessoa, submetida a um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo sentimento de amor ou amizade perante o seu agressor”. Pois bem, em 23 de agosto de 1973, 3 mulheres e um homem foram feitos de refém por 6 dias numa assalto a um banco dessa praça. Para a surpresa da nação, as mulheres desenvolveram essa relação afetiva com os sequestradores e daí surgiu o nome da doença.
- Kungstradgarden: uma enorme praça/jardim bem gostoso, com vários restaurantes ao ar livre e onde acontecem diversos eventos. Na ocasião, estava rolando um festival finlandês.
Depois dessa sequência, caminhamos até a Skeppsholmsbron, uma das mais famosas pontes de Estocolmo. Ela faz a ligação com a Ilha dos Museus e é bem conhecida por conta das coroas que estão cravadas ali.
Fechamos o dia com um dos melhores hambúrgueres de Estocolmo (depois da saladinha do almoço, mais que merecido né?). O Barrels Burgers & Beer fica na Gamla Stan (conferiu o post já?) e valeu a espera. Está super bem avaliado no Trip Advisor e o preço médio é de SEK 117 + SEK 35 pela porção de batata frita.
3º DIA
O dia começou com um tour super diferente. Estocolmo não possui belezas apenas acima do solo… Suas estações de metrô são atrações à parte! Algumas são verdadeiras galerias de arte e merecem ser visitadas. Para isso, clica no link Metro Art Walk, o tour pelas estações de Estocolmo.
Depois de percorrer o subsolo de Estocolmo, fomos conhecer uma das histórias mais incríveis da cidade. O Vasa é um navio de guerra do século XVII que é 95% original e está muitíssimo bem preservado. Por sinal, é o único desse período no mundo. Eu que não sou fã de museu fiquei bem impressionada. Minha ideia era fazer um post exclusivo para falar sobre ele, mas encontrei um oficial em português e acho justo dar o crédito. Então, corre aqui no site do Vasa Museum e saiba todas as informações necessárias.
Nosso almoço foi no melhor hot dog que comi na viagem! #vivafastfood Na frente do Vasa tem uma espécie de food truck de cachorro quente com salsicha preparada na brasa. Vai na fé! Custou SEK 65 no pão grande e com cebola grelhada.
A próxima parada…. Bem… Vou te dizer que achei furada. Inventamos de entrar no Nordic Museum. Por fora ele é um arraso de lindo, mas por dentro achei bem chato. Ele retrata a cultura sueca. Se você é um interessado pelo assunto, pode gostar. Eu já não sou fã de museu, mas alguns como o Vasa são maneiros. O Nordic, para o meu gosto, só vale em 3 situações:
- Gosta do assunto de verdade;
- Você está com muito tempo livre e não sabe mais o que fazer;
- Adquiriu o Stockholm Pass e não precisa desembolsar SEK 120 para entrar (o ingresso inclui áudio guia em inglês e espanhol).
Para finalizar o dia, passamos no mercado Östermalms Saluhall, bem conhecido na região. Nele você encontra muita comida típica, frutos do mar e doces caseiros. Como ainda não estávamos com aquela fome, optamos por caminhar pelo bairro de Östermalm e acabamos jantando no restaurante Nybrogatan 38, uma delícia! Para sentar na parte interna tem que fazer reserva. Nós não sabíamos e tivemos que pegar mesa do lado de fora (era verão, mas tava geladinho). Os pratos giram em torno de SEK 200.
4º DIA
Num dos dias anteriores, conhecemos uma brasileira que nos falou de uma cidade linda a 50km de Estocolmo e que foi onde a Suécia nasceu. Google na mão, curiosidade à mil, vontade de conhecê-la foi lá nas alturas. Depois de mexer um pouquinho na programação, começamos nosso quarto dia em Estocolmo pegando um trem direto para Sigtuna! Que lindeza de lugar! Para saber mais sobre essa preciosidade, é só dar aquela passadinha esperta no post Sigtuna, a cidade que deu origem à Suécia.
Na volta para a cidade, admito que o cansaço já tomava conta de nós e só demos uma passada pela Opera House, igreja St Jacob e paramos para ver o Vanttenfall World Thriathlon que acontecia pelas ruas da cidade. Fechamos com uma voltinha pela Gamla Stan, afinal, essa região é a mais charmosa da cidade!
CURIOSIDADES
- A água da Suécia é super famosa e já foi premiada pelo seu sabor. Beba água da torneira sem medo de ser feliz!
- Muitos restaurantes não tem garçom para te servir, apenas para recolher os pratos;
- Assim como na maior parte das cidades turísticas, em Estocolmo tem o Stockholm Pass. Para nós não compensava comprar, principalmente porque ele não inclui o transporte público e não é baratinho. Recomendo dar uma passada no site para ver se vale a pena para você ou não.
Eu amei Estocolmo e tenho certeza que você vai se amarrar também! Não deixe de conhecer mais sobre outras cidades e curiosidades da região!