Caro leitor, por acaso você sabe o nome de outra cidade sueca que não seja Estocolmo? Vou ser sincera, eu não fazia ideia. Numa trip pela Suécia em agosto/2017 ouvi falar em Sigtuna, a cidade onde o país nasceu. Era possível visitá-la num bate e volta de Estocolmo e a tinha achado super fofa pelas fotos.
Oportunidade na mão, por que não conhecer? Já posso te adiantar, a cidade me conquistou!
A PEQUENA SIGTUNA
Sigtuna surgiu em 980 às margens do Lago Mälaren. Como foi a primeira cidade sueca, ela teve uma enorme importância na história do país, sendo moradia da família real por anos e onde surgiu a primeira moeda da época viking.
Ela resistiu bravamente até meados dos anos 1200, quando outras cidades ganharam notoriedade, como Estocolmo, e tomaram seu lugar. A parte boa é que Sigtuna permanece até hoje com traços históricos, casas de madeira e uma pequena população de aproximadamente 9.000 habitantes.
Com tamanha relevância na história sueca, Sigtuna é um destino muito visitado por quem passa por aquelas bandas. Com razão, porque a cidade é puro charme!
CÂMBIO
Apesar de fazer parte da União Européia, a Suécia não adotou o Euro como moeda oficial. Lá são usadas as Coroas Suecas (SEK) e são pouquíssimos os lugares que aceitam Euro (geralmente com um câmbio desfavorável).
O lugar mais indicado para trocar moeda é o Forex Bank em Estocolmo. Tem alguns espalhados pela cidade. O câmbio em agosto/2017 era €1 = 9,02SEK
O que você precisa saber ao trocar dinheiro:
- É cobrada uma taxa fixa de 50SEK por operação. Se estiver em mais gente, recomendo juntarem os euros para pagarem somente uma taxa;
- Também trocam real e a cotação estava muito boa. Valia a pena;
- Para trocas até €500 não é necessário apresentar documento. Para valores superiores é solicitado passaporte e endereço completo.
COMO CHEGAR
Isso é bem fácil. Sigtuna está a 12km do aeroporto de Arlanda e 50km do centro de Estocolmo. Saindo de Estocolmo, a viagem dura em torno de 1 hora e é utilizado o ticket normal do transporte público.
Se der uma olhadinha no mapa aqui embaixo, basta pegar a linha J36 (preta aqui em cima no E – 1) em direção a Märsta. Saindo da estação, caminhe para a “rodoviária” que tem na frente e pegue o ônibus 570 ou 575, descendo no ponto Sigtuna Busstation.
Como Sigtuna é bem pequeno, com até 3 horas você consegue conhecer tudo com calma.
O QUE CONHECER
De cara já indico que sua primeira parada seja no Centro de Informação ao Visitante. Ali você vai pegar o mapa da cidade e as simpáticas atendentes podem indicar onde fica cada atração a ser visitada.
A rua principal de Sigtuna se chama Stora Gatan. Ali está o Centro Turístico, várias lojinhas e algumas opções de restaurante. Com o mapinha na mão fica fácil encontrar cada ponto turístico (apesar do mapa não estar na escala correta).
Mas então, o que tem para conhecer em Sigtuna?
The Town Hall
Essa casinha super fofa é a câmara municipal. Não vou negar que ela é proporcional ao tamanho da cidade.. Tão pequetita e tão charmosinha! Esse estilo a rendeu o título de patrimônio da cidade e é a menor prefeitura em funcionamento na Suécia. Hoje ela é mais usada como museu e é possível visitar por dentro, pena que na hora que passei estava fechada.
Ruínas da St Lars Church
O que não falta em Sigtuna são ruínas. A igreja Saint Lars foi construída em meados do século XIII e, após um reparo em 1586, foi transformada em escola. Em 1658 foi queimada e o que restou foi a torre da igreja.
Ruínas da St Olaf’s Church
A igreja de Saint Olaf foi construída nos anos 1100 e acreditam ter sido uma das primeiras da Suécia. Ela foi dedicada ao viking norueguês Olaf Tryggvason, rei entre 995 e 1000.
St Mary Church
Já confesso uma coisa. Eu gosto de visitar igrejas, só que a St Mary’s Church me balançou de um jeito diferente. Ela tem uma energia própria que não tem explicação, além de surpreender pelo tamanho.
Ela foi construída pelos frades Dominicanos e foi inaugurada em 1247. Sua construção é toda de tijolo, o que dá uma beleza extra, e é a mais antiga construção em uso na cidade de Sigtuna. Ao seu lado encontra-se um cemitério que mais parece um jardim.
Sigtuna Museum
O Sigtuna Museum fala sobre a história da cidade e conta com diversas exposições.
Horários:
- De 27 de janeiro a 31 de maio, abre de terça a domingo de 12h às 16h.
- 1 de junho a 31 de agosto aberto todos os dias de 12h às 16h.
- 01 de setembro a 31 de dezembro aberto de terça a domingo de 12h às 16h.
- Fecha nos dias 01/01, 24/12 e 25/12.
Ingressos:
- Gratuito para todos nos meses de outubro a abril.
- 50SEK de maio a setembro.
- Entrada gratuita para quem tem até 19 anos.
Mais informações no site Sigtuna Museum.
Pedras rúnicas
Vou te contar uma coisa.. Eu não fazia ideia do que era uma pedra rúnica até ir a Sigtuna. Caso você seja um dos meus, vai aí uma explicação:
É uma pedra erguida contendo runas. São conhecidas cerca de 6.000 inscrições com caracteres rúnicos nas regiões habitadas por povos germânicos. Das pedras rúnicas achadas na Escandinávia, umas 2.500 foram encontradas na Suécia (em particular na região da Uppsala e do Vale do Mälaren), umas 500 na Noruega, umas 200 na Dinamarca, umas 50 na Islândia, e nenhuma na Finlândia.
Legal, mas eu ainda tinha uma dúvida. O que são runas?
As runas são letras características, usadas para escrever nas línguas germânicas da Europa do Norte, principalmente na Escandinávia, ilhas Britânicas e Alemanha (regiões habitadas pelos povos germânicos) desde o séc. II até ao séc. XI.
Todo mundo por dentro do assunto, nesse centrinho de Sigtuna é possível encontrar pelo menos 10 dessas pedras. Se você tiver curiosidade, dá para brincar de traduzir o que estiver escrito nelas.
ONDE COMER
Existe uma quantidade razoável de restaurantes em Sigtuna. A mocinha do Centro de Informações nos indicou um que amamos!
Nosso almoço foi no Våfflan Hamnkrog & Bar, um restaurante super gostoso na beira do Lago Mälaren e com um visual lindo de viver! Para ajudar, a comida estava deliciosa!
Lá o esquema é pague, receba um daqueles aparelhinhos estilo Outback e vá buscar quando a comida ficar pronta. O valor médio dos pratos é 150SEK.
DICAS
- Caminhe pela orla de Sigtuna. É extremamente agradável;
- Existem algumas outras atrações na cidade além das citadas acima, mas essas são as principais;
- Eu fui no verão e estava um lindo dia de sol e muito verde. Se conseguir ir nessa época, vai amar;
- Os transportes são pontualíssimos. Não marque bobeira;
- Cuidado para não confundir o ponto que deve descer. São várias paradas com o nome Sigtuna, mas lembre que tem que sair no Busstation.
No mais vá com calma e aproveite muito esse encanto de cidade!
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